sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Eu não sou você, você não é eu. . Biografia da autora

Arara azul


Achei este texto de autoria da educadora brasileira   Madalena Freire muito interessante para contribuir com as reflexões sobre a questão das diferenças. 

Devemos  dedicar uns aos outros, um olhar diferente,  pois cada um de nós carrega a sua história.  Cada ser é único.  

Não há duas pessoas absolutamente iguais. Somos indivíduos indivisíveis,  mas seres sociais, capazes de agir como sujeitos coletivos, o que nos permite conviver uns com os outros. 

Tem havido tantos casos de horrores motivados pelas variadas atitudes de intolerâncias, que trabalhar com nossos educandos tais questões, faz-se uma imposição. O poema Eu não sou você, você não é eu, da autora  Madalena Freire, é uma excelente ferramenta.  Espero que os nossos leitores e os nossos educadores gostem. Boas reflexões ! 

 
EU NÃO SOU VOCÊ, VOCÊ NÃO É EU
Eu não sou você
Você não é eu
Mas sei muito bem de mim
Vivendo com você.
E você, sabe muito de você vivendo comigo?

Eu não sou você
Você não é eu.
Mas encontrei comigo e me vi
Enquanto olhava pra você
Na sua, minha insegurança
Na sua, minha desconfiança
Na sua, minha competição
Na sua, minha birra infantil
Na sua, minha omissão
Na sua, minha firmeza
Na sua, minha impaciência
Na sua, minha prepotência
Na sua, minha fragilidade doce
Na sua, minha mudez aterrorizada.
E você se encontrou e se viu, enquanto olhava a pra mim?

Eu não sou você
Você não é eu.
Mas foi vivendo minha solidão
Que conversei com você                                              
E você, conversou comigo na sua solidão?
Ou fugiu dela, de mim e de você?

Eu não sou você
Você não é eu
Mas sou mais eu, quando consigo lhe ver.
Porque você me reflete
No que eu ainda sou
No que já sou e
No que quero vir a ser…

Eu não sou você
Você não é eu
Mas somos um grupo, enquanto somos capazes de, diferenciadamente,
eu ser eu, vivendo com você e você ser você, vivendo comigo.

Autora: FREIRE, Madalena. Educador. São Paulo: Paz e Terra, 2008. p.95-96.


Para complementar o belo texto, sugerimos a  Música  Tocando em Frente,  de Almir Sater. Acompanhe a letra e os vídeos com as interpretações de Paula Fernandes e Leonardo, depois com Maria Betânia.

 Música  Tocando em Frente

Ando devagar porque já tive pressa 
E levo esse sorriso porque já chorei demais 


Cada um de nós compõe a sua história, 
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.


Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,


É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.

Veja letra completa. Clique no link:


Veja o vídeo com  interpretação de Paula  Fernandes e Leonardo

Veja  com Maria Betânia 
    


Biografia de  Madalena Freire
Madalena Freire é pedagoga, graduada pela Universidade de São Paulo (USP). É uma das fundadoras da Escola da Vila e do centro de formação Espaço Pedagógico. Filha do educador brasileiro Paulo Freire, também seguidora, discípula e protetora de seu legado, foi fortemente influenciada pela teoria freiriana.  
Desenvolve sua proposta de trabalho com foco na Educação Infantil.Dedica-se desde 1981 à formação de educadores com grupos de reflexão e estudo. Sócio-fundadora e docente do Espaço Pedagógico presta assessoria a instituições públicas e particulares.
Referências

MEIRELES, Jacqueline. Psicologia em Análise. Disponível em:    http://www.psicologiaemanalise.com.br/2011/08/os-outros-em-mim.html

FREIRE, Madalena. Educador. São Paulo: Paz e Terra, 2008. p.95-96.Portal da Educação

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Diversidade étnico-cultural brasileira. Livro Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado. Peça teatral e Interpretação de texto. Árvore genealógica


Menina Bonita do Laço de Fita é um livro de literatura infanto-juvenil,  de autoria da escritora brasileira, nascida no Rio de Janeiro,   Ana Maria Machado,  que em 2011,  em votação unânime,  foi eleita presidente da Academia Brasileira de Letras, a maior instituição literária do país. 

O livrinho de 24 páginas, conta a história de uma bela menina de laço de fita no cabelo, que desperta a admiração de um coelho bem branquinho, que sonha em se casar e ter uma filha tão pretinha quanto ela.   No decorrer da história, o coelho tenta descobrir o segredo de como obter aquela cor.
O teor social da abordagem dessa historinha contemporânea, com foco na temática sobre a  diversidade racial, o credencia para  ser trabalhado  de várias maneiras em sala de aula,  com o objetivo de apresentar  ao público infanto-juvenil a riqueza da pluralidade e diversidade étnico-cultural brasileira.
A historinha pode ser trabalhada  de forma lúdica, com teatrinho de fantoches, ou uma dramatização teatral,  músicas e brincadeiras, que servirão para  instrumentalizar os alunos para que se  apropriem de valores éticos- humanos,  de  respeito e fraternidade, valorizando a si próprios e ao outro; elevar  a auto-estima das crianças negras e valorizar aceitar  as diferenças entre as pessoas. 
Inicialmente, veja a contagem da historinha  através do belo vídeo, no link abaixo. Conheça também, um pouco da história da autora. 
Agora leia o livrinho com as belas ilustrações, e acompanhe as tentativas do coelho para ficar pretinho, como a menina bonita do laço de fita. Vamos à história !


MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA 













A menina bonita  do laço de fita, com sua afilhada 
   A coelha pretinha  que se casou com o coelho branquinho e teve um monte de filhotes de várias cores.  Fonte: http://pactopelaeducacao.blogspot.com.br/2012/05/historia-infantil.html

Peça de Teatro: Menina Bonita do Laço de Fita 

Agora, veja a adaptação que fiz do  texto para  uma representação teatral. Sucesso !

Título da peça:  Menina bonita do laço de fita           
Cenário:  simular dois ambientes distintos (a casa do coelho e da vizinha - a menina do lacinho).  Colocar uma cadeira em cada ambiente.  
Personagens Menina bonita do laço de fita; A Mãe da menina; menino vestido de coelho branco; menina vestida de coelha preta (futura esposa do coelho branco e  sonhador); 4 coelhinhos  nas cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e  uma coelhinha bem pretinha (filhotes do casal de coelho). 
Material: duas  cadeiras; foto de uma avó preta; roupas para caracterizar os personagens. 


Narrador dá início, com voz de contador de histórias, dizendo:  Era uma vez uma menina linda, linda. Seus olhos pareciam duas azeitonas pretas, daquelas bem brilhantes, cabelos enroladinhos e negros, de pele escura e lustrosa, que nem  pelo de pantera negra na chuva. 
Ainda por cima, sua mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da África, ou uma fada do Reino do Luar. Vizinho a sua casa morava um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele já  tinha visto na vida. E pensava:

Entra o Coelho. Senta-se  com ar pensativo e sonhador. Olha como se a menina estivesse na janela da casa ao lado. Diz:

- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...

Narrador:   Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:

Coelho se levanta e se dirige para a menina:  
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?

Narrador: a menina não sabia e  inventou.

Menina: ah, deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...

Narrador: o coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente.  Mas aí veio uma chuva e a tinta saiu toda,  deixando-o  branquinho de novo. Então  ele voltou até a menina e perguntou outra vez:
 Coelho que havia saído, retorna e diz: 
- menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?

Menina:  ah, deve ser porque tomei muito café.

Narrador:  o coelho saiu e tomou muito café e passou a noite fazendo xixi. E foi atrás da menina de novo e perguntou:

Coelho retorna e diz:  
- menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha.
Menina:  ah, comi muita jabuticaba.

Narrador: o coelho saiu e foi comer jabuticaba, não ficou preto só conseguiu fazer muito cocozinho preto. Alguns dias depois o coelho  voltou e perguntou:

Coelho:   - menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha.

Narrador: A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada. Mas, sua mãe,  uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:

Mãe:       - Artes de uma avó preta que ela tinha...

Narrador: aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre com os nossos  pais,  tios,  avós e até com os parentes tortos. E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina teria  que procurar uma coelha preta para casar.  Mas não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco,  uma gracinha. 

Entram o coelho branco e a coelha escura. Encenam uma paquera e um namorico. 

Narrador prossegue: 
- Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais!     Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha, que se tornou  afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado. 
Neste momento, entram os coelhinhos filhotes.   E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:

- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:

Coelha:   conselhos da mãe da minha madrinha...


Todos voltam ao palco e cantam  canções de roda, e outras brincadeiras infantis.  FIM !  

Baseada no livro: Menina Bonita do Laço de Fita. Autora: Ana Maria Machado. Ilustrador: Claudius. Editora Ática. São Paulo, 2000. 
Adaptação para  esta peça  teatral - Professora Claudia Martins. Salvador;Bahia, Outubro de 2013. 

Compreensão do texto

Minha árvore genealógica
1. Você gostou da história Qual  é o título  ? Qual o nome da autora ? Escreva um texto de até quatro linhas sobre a autora.  2. Quais são os principais personagens da história 
3. Faça a descrição da  sua principal protagonista. 
4. O que significa  preconceito de cor ?  8. Você é  preconceituoso ? 
5. Quantas e quais foram as tentativas do coelho para se tornar um negro ?
6. Com quem o coelho se casou e quantos  coelhinhos teve ?  
7. Tinha coelhos de todas as cores.  Descreva-os.   
8. Pesquise para responder: o Brasil tem uma diversidade étnico-cultural muito rica. Três etnias  contribuíram para a formação do nosso povo. Quais foram elas  e   qual  a origem  geográfica de cada  um desses povos, que deram origem ao povo brasileiro ?


Árvore Genealógica 

Nós herdamos os traços dos nossos parentes paternos (por parte de pai)  e maternos (por parte de mãe). Nossos  parentes representam a nossa árvore genealógica, que é o  histórico  dos nossos antepassados ou  de um indivíduo ou da família. Uma árvore genealógica também pode ser representada em sentido inverso, ou seja, partindo de um antepassado comum, que será  a raiz da árvore, e os galhos seus descendentes.  Converse com seus familiares sobre suas origens, sua ancestralidade. 

9. Escreva sua história. Encerre dizendo qual foi a  lição que você tirou da historinha - menina bonita do laço de fita.  Em seguida, com fotografias ou desenhos de seus familiares, trace sua árvore genealógica. 
Siga o modelo abaixo. Bom trabalho ! 
Veja também:

Africanidades: Tiana, a primeira princesa negra da Disney. Trabalhando a diversidade e valores humanos


Conto africano: O Casamento da Princesa, de Celso Sisto. Biografia do autor. Interpretação de texto




Referências. Sites Pesquisados

Livro: menina bonita do laço de fita. Autora: Ana Maria Machado. Ilustrador: Claudius. Editora Ática. São Paulo, 2000. 
Biografia. História de Ana      http://www.anamariamachado.com/biografia

domingo, 6 de outubro de 2013

Dia do Professor. Gaiolas ou Asas? “Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas”. Rubem Alves. Biografia do autor

Com este belo texto de Rubem Alves, homenageamos aos queridos Mestres, com todo amor e carinho. 
Salve 15 de Outubro ! Feliz Dia do Professor ! 
Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. 
Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. 
Digo "atacados" porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio.  Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou:
                                     “Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas”.

As gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Seu dono pode levá-los para onde quiser.

Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.   Asas não amam as gaiolas. O que elas amam é o vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar.

O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado

Esse pensamento nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças...
Ouvindo os seus relatos vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra – e as domadoras com seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres...

Sentir alegria ao sair da casa para ir para a escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O seu sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que as fecham junto com os tigres.

Nos tempos da minha infância eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá dentro e ficava escondido, esperando... O pobre passarinho vinha, atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava na arapuca, pisava no poleiro – e era uma vez um passarinho voante.

Cuidadosamente eu enfiava a mão na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras, enfiava o bico entre os vãos, na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensanguentado... Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.

Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas?

Me falarão sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorar de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, é preciso que todos tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos para uma vida melhor.

O que é uma boa educação?


O que os burocratas pressupõem é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E para se testar a qualidade da educação criam-se mecanismos, provas, avaliações, exames, testes.

Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é “dígrafo”? E os usos da partícula “se”? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heródico o brado retumbante”?

Qual a utilidade da palavra “mesóclise”? Pobres professoras, também engaioladas pelos programas... São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil.

Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas: “Fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido o que eu deveria aprender – e aprender à sua maneira...”

Qual é o sujeito da educação?

O sujeito da educação é o corpo. É o corpo que quer aprender para poder viver. Esse é o único objetivo da educação: viver e viver com prazer. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver.

Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era “ferramenta” e “brinquedo” do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender “ferramentas”, aprender “brinquedos”.

“Ferramentas” são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. 

“Brinquedos” são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma.

No momento em que escrevo estou ouvindo uma sonata de Beethoven. Ela não serve para nada. Não é ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade.
Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo educação.

Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo.
Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo  liberdade.

Quem aprende liberdade não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescerem... Assim todo professor, ao ensinar, teria de perguntar: “Isso que vou ensinar é ferramenta? É brinquedo?” Se não for é melhor deixar de lado.

As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o vôo dos seus alunos. Há esperança.

Autor: Rubem Alves. 
Fonte: Guia das Escolas. Disponível em:  http://www.portalguiaescolas.com.br/interna.php?pag=espaco_educacional&espaco_educacional_id=27 

Biografia do autor

"Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos
 
fragmentos de futuro em que a alegria é servida como
 
sacramento, para que as crianças aprendam que o
 
mundo pode ser diferente. Que a escola,
 
ela mesma, seja um fragmento do
 
futuro..."

Rubem Alves   é psicanalista, educador,  teólogo, autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis.

Nasceu no dia 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, sul de Minas Gerais. A cidade ficou  conhecida pela  música "Serra da Boa Esperança" de Lamartine Babo e Francisco Alves.  A família mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1945, onde, apesar de matriculado em bom colégio, sofria com a chacota de seus colegas que não perdoavam seu sotaque mineiro. Buscou refúgio na religião, pois vivia solitário, sem amigos. Foi bem sucedido no estudo de teologia e iniciou sua carreira dentro de sua igreja como pastor,  no interior de Minas Gerais.  

Estudou Teologia no Seminário Presbiteriano  de Campinas (SP), tendo se transferido para Lavras (MG), em 1958, onde exerce as funções de pastor  até 1963, quando foi estudar em Nova York, retornando ao Brasil no mês de maio de 1964,  com o título de Mestre em Teologia pelo Union Theological Seminary. Denunciado pelas autoridades da Igreja Presbiteriana como subversivo, em 1968, foi perseguido pelo regime militar. 
Abandonou a igreja presbiteriana e retornou com a família para os Estados Unidos, fugindo das ameaças que recebia. Lá, torna-se Doutor em Filosofia (Ph.D.) pelo Princeton Theological Seminary.

Sua tese de doutoramento em teologia - “A Theology of Human Hope”, publicada em 1969 pela editora católica Corpus Books é, no seu entendimento, “um dos primeiros brotos daquilo que posteriormente recebeu o nome de "Teologia da Libertação”. De volta ao Brasil, por indicação do professor Paul Singer, conhecido economista, é contratado para dar aulas de Filosofia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro (SP). Em 1973, transferiu-se para a Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, como professor-adjunto na Faculdade de Educação.


Saiba mais sobre o Dia do Professor no Brasil e no Mundo

15 DE OUTUBRO DIA DO PROFESSOR. ORIGEM HISTÓRICA DA CELEBRAÇÃO


ESCOLAS PÚBLICAS JAPONESAS. NO BRASIL NADA A COMEMORAR NO DIA DO PROFESSOR


15 de Outubro - Feliz Dia do Professor !


HOMENAGENS AO GEÓGRAFO E PROFESSOR MILTON SANTOS


Referências: sites pesquisados
Gaiolas ou Asas? ALVES, Rubem.  Portal Guia Escolas. Disponível em:
http://www.portalguiaescolas.com.br/interna.php?pag=espaco_educacional&espaco_educacional_id=27
Instituto Harmonia na Terra. Disponível em:
Site de Rubem Alves
http://www.rubemalves.com.br/