quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Érico Veríssimo:Rosa Maria no Castelo Encantado. Peça de teatral infanto-juvenil. Biografia de Veríssimo

O Castelo, suas portas e janelas de ouro, telhado
vermelho, torres de chocolates e doces
Aventurei-me na adaptação do clássico do escritor brasileiro Érico Veríssimo intitulado  Rosa Maria no Castelo Encantado, para essa peça teatral,  ao identificar a demanda desse gênero, por  professores do ensino fundamental. 

O Livro escrito por Veríssimo,  conta a história de uma menina que visita uma casa que aos olhos dos adultos não passa de uma construção normal, mas que na verdade é um castelo. Ela conhece seus moradores: o mágico e coloridos anõezinhos, onde  tem todas as suas vontades  atendidas.  

Ganha cinco bonecas, muitos doces  e depois de brincar bastante, conhece um livro que a transporta para uma floresta encantada. Lá, encontra personagens muito especiais do mundo  encantado dos contos de fadas. Vamos à peça: 

Título da Peça: Rosa Maria no Castelo Encantado       Cenário único: uma sala.

Materiais: um tapete (pode ser uma colcha); uma mesa (será usada para três fins em momentos distintos);  uma cadeira; toalhas de mesa;  doces e salgados; cinco bonecas; um livro de histórias infantis, com capa colorida; roupas nas cores verde, amarela e azul para os anõezinhos.  Roupa e acessórios de  mágico; cortina; cornetas ou músicas de bandinhas em CD ou Pendrive.

Personagens: uma menina (Rosa Maria); o Mágico; 4  anõezinhos verdes, um anãozinho amarelo e outro azul (total: sete anõezinhos, podendo ser meninas e meninos); um narrador.  Total: dez personagens (pode flexibilizar).

Música- Cantiga de Roda: Fui no Tororó. Veja letra e vídeo nas ref.

Roteiro - Cena 1:     Narrador abre a apresentação, dizendo:
- Senhoras e Senhores,  convidamos a todos para acompanhar com o nosso elenco as aventuras  da menina Rosa Maria no  Castelo Encantado.   Preparem-se para viver grandes emoções e se divertir  bastante !  

O  Mágico  entra bem  falante e todo garbosos no palco, e se apresenta:
Eu sou um mágico. Moro num castelo encantado. Os homens grandes não sabem de nada. Só as crianças  conhecem o meu segredo. Só elas  enxergam o meu castelo encantado, com suas torres de açúcar e chocolate. Pontes que sobem e descem, puxadas ou empurradas por anõezinhos barrigudos. 


Os trincos das portas, vocês pensam que são de metal ? Nada disso. São de marmelada, de goiabada, de cocada. Quando um homem grande entra na minha casa tem de subir toda a escada, degrau por degrau. Quando uma criança entra no meu castelo, é a escada que sobe com ela.
O Mágico
A linda garotinha Rosa Maria me deu a honra de visitar o meu maravilhosos castelo encantado. Vou lhes contar como foi a visita. 
Depois dessa fala, o Mágico retira-se. 


Cena 2 - Narrador fala:                                              
- Senhoras e Senhores, acaba de chegar  ao castelo encantado  uma  linda menina. Seu nome é  Rosa Maria.   
Entra Rosa Maria no palco. Ela  bate na palma da mão e diz:
- Olá, tem alguém aí ? 
O anão azul, que sempre está de guarda à entrada do castelo, ouve a batida e abre a porta. Ao vê-la,  faz um cumprimento muito respeitoso e diz:
— Senhorita  Rosa Maria,  seja bem-vinda ao Castelo Encantado ! Entre !
Em seguida, o anão azul bate palmas. Aparece um Anão Amarelo. O anão amarelo tem uma corneta. O anão azul faz um sinal e ele começa a  tocar: to-to-ro-ró... to-ro-róóó !
Aparecem, então,  quatro   anãozinhos  verdes, marchando...  Todos começam a tocar  e dançar (se não tiver cornetas, imitar com as mãos).  Rosa Maria olha  para eles  admirada. Solta  gritinhos de alegria e começa a bater palmas e dançar junto com eles.  

Cena 3. Entra o Mágico. Todos param. Ele se dirige a Rosa Maria dizendo: 



Senhorita Rosa Maria, que prazer recebê-la no meu maravilhosos Castelo Encantado!  Fique à vontade. O meu castelo é todo seu ! 
Rosa agradece:
- Obrigada, Senhor Mágico, mas estou  com muita fome.
O Mágico fala:
Fome, ora Senhorita, isso aqui não é problema ! 

De  pronto,  dirige-se à mesa, estala os dedos,   suspende  a toalha que cobre os doces e petiscos.  Curva-se diante da meninas e move as mãos para a mesa, simbolizando - sirva-se. 

Todos exclamam juntos: Ooooohhhh  !        Quantas delicias  !    

O Mágico diz:
- Uma visita  tão especial, uma menina tão linda como a Senhorita Rosa Maria,  merece que todas as suas vontades sejam  atendidas. Coma à vontade !    É tudo seu!

Rosa Maria muito contente pega um doce, um salgado, come   e  diz:

- Nunca comi tantos doces  e petiscos  tão gostosos, ao longo de  toda a minha vida ! É um sonho ! Obrigada,  Senhor Mágico!  Vamos comer, amiguinhos ! 
 Uma pequena pausa e depois o mágico  diz: 
-  Senhorita, queremos que  venha viver  conosco, no nosso  castelo.  
Rosa  dá um sorriso  enigmático. Depois de comer e saltitar com os anõezinhos, ela pede para ir dormir. Retira-se, acompanhada dos anõezinhos. O mágico também se retira. 
Fecha-se a cortina.

Cena 4: Narrador:   

- Rosa Maria teve uma noite de sono tranquila no quarto cor de rosa, especialmente decorado para ela, que foi vigiada durante toda a noite pelo anãozinho verde. Acordou feliz e disposta. 

Todos retornam ao palco. A menina  cumprimenta a todos com um bom dia bem humorado e um belo sorriso. Em seguida,    faz um pedido ao mágico: 
-  Senhor Mágico, quero cinco bonecas. Uma para cada dedo da mão.
 O  Mágico responde:
 –  Claro, Senhorita ! Aqui, todas as suas vontades serão  satisfeitas. Afinal, este é o Castelo Encantado, onde todos os sonhos se realizam ! 
As cinco bonequinhas de
Rosa Maria
Em seguida, o Mágico dirige-se para uma  mesa  onde estão as bonecas escondidas debaixo de uma toalha. Puxa-a para cima e diz a palavra mágica:  

Abracadabra !  Aparecem  cinco  bonecas. 

A  menina  pula de alegria junto com os  anõezinhos. Ela dá uma boneca para cada um  e   foram brincar.  O Mágico senta-se na cadeira e fica apreciando. 
Depois de elogiarem as bonecas e suas roupinhas, de  mãos dadas, os anões fecham a roda e começam a cantar e dançar ao redor de Rosa Maria, a Cantiga de Roda - Fui no Tororó:


Ó, Rosa Maria!
Ó, Rosa Maria!
Entrarás na roda
E ficarás sozinha!
 Rosa Maria  responde cantando:
Eu sozinha não fico,
Nem hei de ficar,
Vou escolher o Amarelinho 
Para ser meu par !

E assim, a brincadeira da roda  continua, até que todos  tenham seus nomes mencionados.  
Depois,  Rosa Maria olha para uma mesa e vê um livro com figuras coloridas na capa. Pergunta:
— Que é aquilo?
— Um livro — responde o Mágico.
— Mas o que é um livro?  Quero ver esse livro. Diz a menina. 
O Mágico coloca  o livro em cima do tapete. Rosa Maria começa a folhear e os anõezinhos acompanham com interesse. O Mágico senta-se na cadeira e fica olhando-os. 

 Narrador fala:

- No  livro havia  muitas histórias, como: o Gato de Botas; Chapeuzinho Vermelho;  A Bela Adormecida e outros.  Mas quando vê a ilustração de uma floresta Rosa Maria fica fascinada, e quer  conhecer o lugar.  
Rosa Maria  - Que é isso?
- É a floresta encantada, diz o Mágico.
 Rosa Maria diz: 
- Nós queremos entrar nessa floresta encantada !
 -Senhorita, a floresta fica muito longe. Diz o Mágico. 
- A floresta encantada está tão pertinho, diz a menina,  apontando  para o livro. 
A floresta encantada 
- Sou Mágico, mas  não havia notado que a floresta está  mesmo ali bem pertinho dos nossos narizes, no livro. Diz o Mágico.  
A menina  diz:  - Venha com a gente ! 
— Eu não posso. Sou grande demais. 
Ela ficou  triste. Pensou um pouco e falou:
- Uma vez papai falou que a gente não deve entrar num mato sem cachorro. Que é que o Senhor acha?
 - Está bem !  Vou arranjar um cachorro muito bom, muito inteligente e muito corajoso, para  ser o companheiro de vocês. Ah, tive uma ideia: vou usar meus poderes mágicos e transformar  salsicha num cachorro alemão.  Seu nome será Cachorro-Quente.

Epílogo (final). Fecha-se a cortina e o narrador fala: 

O livro de historinhas
de contos de fadas
O mágico manda Rosa Maria junto com as bonecas e o cão  Cachorro-Quente para a floresta. Lá, eles   conhecem personagens fantásticos dos contos de fadas, como:   Branca de Neve e  os Sete Anões, a Bela Adormecida,  João e Maria e outros. A menina   ficou muito feliz por conhecer todos aqueles personagens. Retornou feliz  ao castelo, para  despedir-se do Mágico e dos Anõezinhos. 

Abre-se a cortina. Todos estão no palco.  Rosa Maria fala: 

- Obrigada Senhor Mágico ! Obrigada amiguinhos ! Tive os dias mais felizes da minha vida ! Não quero acordar desse sonho encantado! Mas tenho que partir ! Adeus, amigos! Nos reencontraremos um dia! Sai correndo...

O narrador finaliza dizendo:

- Essa história é uma das histórias infantis consagradas, que todos sabem e nunca se cansam de ouvir. Adeus amiguinhos !

Fecha-se a cortina !  Fim ! 

Livro:  Rosa Maria no Castelo Encantado 
Autor: Erico Veríssimo. 1977.  Edição. Editora Globo.
Adaptação da Professora Claudia Martins.  Salvador, Bahia. Setembro de 2013. 
Fonte:  http://9h3grupodeestudos2011.blogspot.com.br/2011/10/rosa-maria-no-castelo-encantado-de.html

Breve Biografia de Érico Veríssimo 


Érico Veríssimo na sua velha
 máquina de escrever 
Érico Veríssimo nasceu em 17 de dezembro de 1905 em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, estado da Região Sul do Brasil. Tornou-se  um bem-sucedido autor de livros infantis e tradutor de obras famosas.  Depois de Jorge Amado, foi  o escritor mais traduzido no exterior, até pouco tempo atrás.

Foi premiado diversas vezes:  recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 1954, e Juca Pato, da Câmara Brasileira do Livro, em 1968,  entre outros

Considerava-se apenas um contador de histórias, como fazia na Rádio Farroupilha, em Porto alegre, narrando histórias infantis no programa Clube dos Três Porquinhos. 
Seu romance O tempo e o Vento é considerado um dos clássicos da literatura brasileira.

Da sua obra, podemos citar ainda: Olhai os Lírios dos Campos (1938), seu primeiro grande sucesso;  O Senhor Embaixador (1965), em que o autor se desloca dos pampas para o cenário internacional. Incidente em Antares (1971), no qual retoma a interpretação da realidade política brasileira numa linguagem crítica e bem-humorada sobre as restrições ao livre pensamento e ideais democráticos,  na época mais severa da ditadura militar que governava o país. Veríssimo faleceu em  Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, seu estado natal, em 1975.  

Veja também:


O Baile dos Animais: Peça de Teatro para Crianças e Adolescentes




Projeto meio ambiente e sustentabilidade na escola. Apresentação da peça teatral A Missão de Alice e A Carta de 2070 em comemoração ao 5 de Junho dia do meio ambiente


Peça Teatral: O Curupira e Seus Amigos da Floresta Unidos pelo Meio Ambiente. Atividades



Referências. Sites Pesquisados
Érico Veríssimo. Rosa Maria no Castelo Encantado. Disponível em 
Governo do Estado do Rio Grande do Sul. 2005. Ano do Centenário de Érico Veríssimo. Disponível em:     http://www.estado.rs.gov.br/erico/ 
Cantigas de Roda. Música Fui no Tororó. Letra.  Disponível em: 
http://www.velhosamigos.com.br/horamusica/musica30.html
Vídeo com a música:             https://www.youtube.com/watch?v=SfcMivgwzt0

Todas as Imagens são do Google

Mitos e lendas da Civilização Egípcia, país do Norte da África. O Faraó Tutancâmon: seus tesouros e maldições

O Faraó Tutancâmon e sua  famosa  máscara mortuária de ouro, o  nemes (turbante listrado)  e a barba longa
O Egito  fica situado no Nordeste da África, sendo banhado  por dois mares famosos:  Mar Mediterrâneo ao Norte, o qual  separa a Europa da África e da Ásia (Oriente Médio),   Mar Vermelho a Leste, que separa o Egito da Península Arábica, na Ásia.  É banhado   pelo Rio Nilo e  cortado pelo Deserto do Saara. 
Além dessa geografia, o país tem uma história muito rica, por  ser  o berço da Civilização Egípcia, muito estudada e discutida por especialistas dos mais variados ramos do conhecimento, em várias partes do mundo. Por despertar tamanho interesse, o surgimento de mitos e lendas  é inevitável. 
Este post  é uma adaptação do texto da  jornalista brasileira Natasha Romanzoti, para o Site HypeScience. Ela fez uma lista dos 10  mitos  e equívocos comuns sobre o Egito, alguns dos quais apresentamos aqui.
Um dos mitos, é a crença de que já descobriram  tudo  sobre o Egito Antigo, e que a Egiptologia (ciência que estuda o Egito Antigo) esgotou suas pesquisas. Entretanto, descobertas fascinantes continuam  sendo feitas diariamente, lançando novas luzes  sobre aquela civilização.  Vamos conhecer alguns desses mitos: 

 Maldições dos faraós - o  faraó  Tutankâmon: seus tesouros e maldições


Durante a escavação da tumba de Tutankamon, alguns trabalhadores da equipe morreram de forma inesperada. Criou-se então a lenda da Maldição do Faraó. Na parede da pirâmide foi encontrada uma inscrição que dizia que morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faraó. Porém, verificou-se depois que algumas pessoas haviam morrido após ter respirado fungos mortais que estavam concentrados dentro da pirâmide

Esse mito tão explorado pelo cinema, refere-se, portanto,  à  “maldição” que matou aqueles que abriram o túmulo do faraó Tutancâmon. O mito é que uma maldição lançada por ele matou o patrocinador da expedição  Lord Carnarvon e os outros membros  que exploraram a tumba do jovem faraó, morto em circunstâncias não muito claras. 


Teorias de fungos perigosos e gases  acumulados  no interior da tumba,  tentam explicar o que provocou as mortes. Apenas 8 dos 58 presentes na descoberta da tumba morreram dentro de 12 anos. O líder da expedição, o alvo mais óbvio, viveu  16 anos. 

Também conhecido como o “Faraó Menino”, morreu aos 19 anos de idade.  Era filho do faraó Akhaenaton.   Durante seu curto período de governo, levou a capital do Egito para Memphis e retomou o politeísmo (crença em vários deuses),  que havia sido abandonado por seu pai Akhaenaton, que havia adotado o monoteísmo  (a crença num único Deus).    

O arqueólogo inglês Howard Carter integrante da expedição  patrocinada por Lord Carnarvon,  encontrou em 1922, um fabuloso  tesouro  de  mais  de cinco mil peças no túmulo desse faraó.  Seu  corpo mumificado  estava dentro do sarcófago (caixão) de ouro, coberto com uma máscara mortuária de ouro maciço,   além de jóias, objetos pessoais, ornamentos, vasos, esculturas, armas  etc. 

Para saber mais, veja a letra da música Faraó Divindade do Egito e assista ao vídeo, com a cantora baiana  Margareth Menezes. A letra vai ajudá-lo, também,  a entender um pouco sobre a religião e  lenda egípcias. Clique no link abaixo: 
http://www.vagalume.com.br/margareth-menezes/farao-divindade-do-egito.html 

ESCRAVOS CONSTRUÍRAM AS PIRÂMIDES

A famosa Esfinge de Gizè  situada  Esfinge de Gizé no complexo das Pirâmides
As pirâmides eram túmulos   dos faraós, título dado aos reis do Antigo Egito.  Seus corpos eram mumificados e colocados no sarcófago (caixão) com suas joias, objetos pessoais, armas etc.  Como eram construções muito complexas, feitas com blocos de pedras difíceis de serem transportados, corre a  ideia de que  escravos construíram as pirâmides do Egito. O relato do historiador grego Heródoto, no século V a.C.,  contribuiu para  essa ideia, que  pode não ser verdadeira. 
Túmulos contendo os restos mortais dos construtores  foram encontrados  nas pirâmides de Gizé. Ser enterrado ao lado dos faraós divinos seria a maior honra, nunca concedida a escravos. Além disso, um grande número de ossos de gado escavados em Gizé mostra que a carne bovina, era o alimento básico dos construtores e  uma iguaria do Egito Antigo. Acredita-se que os construtores das pirâmides deviam ser artesãos egípcios altamente qualificados, e não escravos.


·      Na foto acima, a Esfinge de Gizé. Esfinge  é uma imagem icônica de um leão estendido com a cabeça de um falcão ou de uma pessoa, inventada pelos egípcios do império antigo, mas  copiada da mitologia grega. Representa  um símbolo do poder real, que adotava a forma de um leão sentado, geralmente com a cabeça de um faraó. A  mais conhecida é a Grande Esfinge, em Gizé, mas havia outras formas   desse monstro fabuloso que se encontra na Grécia e no Egito.

ESCRAVIDÃO DOS ANTIGOS  HEBREUS (ISRAELITAS)

Mural que sugere trabalho escravos dos
 antigos hebreus no Egito

Esse  mito surgiu do relato da  Bíblia sobre a fuga dos antigos hebreus para o Egito, fugindo da seca na Palestina, o qual sugerem que os israelitas foram escravizados no Egito Antigo. Leia o texto original no segundo livro do Antigo Testamento, denominado Êxodo, que significa saída, fuga, peregrinação. Assista ao filme Os Dez Mandamentos, para ajudá-lo a entender essa história. Mas apesar desse relato bíblico, os  egípcios  nunca mencionaram  o fato  em seus manuscritos. 

os FARAÓS MATAVAM SEUS SERVOS

Réplicas dos antigos faraós, reis do
Egito (foram quase trezentos reis)


Quando os faraós morriam, seus servidores não eram mortos e enterrados com eles, como popularmente se acredita. Mas isso aconteceu algumas vezes.
Dois faraós da Primeira Dinastia do Egito são conhecidos por terem feito seus servos serem enterrados com eles. A tendência humana de generalizar levou ao mito de que esta era uma prática corriqueira entre  faraós (cerca de 300, ao todo).

OS HIERÓGLIFOS - A ESCRITA DO EGITO ANTIGO 


Hieróglifos, a escrita ideográfica
doEgito Antigo
Hieróglifo  é o nome da escrita do Egito Antigo - sons fonéticos que compõem seu  alfabeto. 
Até a descoberta da  Pedra de Roseta em 1798 (final do século XVIII), pelas tropas de Napoleão Bonaparte,  e posteriormente traduzida, a maioria dos estudiosos acreditava que os hieróglifos eram apenas ilustrações. 
O mito alimentado pelas imagens de cobras e pernas sem corpo, diz que os hieróglifos eram uma linguagem de maldições e encantamentos mágicos. Habitualmente,  os hieróglifos eram usados para inscrições ou representações históricas. Maldições são raramente encontradas nos túmulos, como por exemplo:  “Seus anos devem ser diminuídos”, “Ele não deve ter nenhum herdeiro”. 

PRESENÇAS DE ALIENÍGENAS NO ANTIGO EGITO 

Mural que supostamente retrata
extra-terrestres, mas que na verdade, é apenas a
pintura de um vaso
Algumas pessoas acreditam que os egípcios estavam em contato com alienígenas (seres de outros planetas). Alegam que as pirâmides eram realizações acima da capacidade humana, e que alguns murais egípcios  retratam extraterrestres. Observe que a pintura ao lado demonstra claramente que  é apenas um vaso.
Embora a Grande Pirâmide de Gizé seja matematicamente impressionante, a sua construção não está além das mentes engenhosas dos astrônomos, estudiosos e arquitetos daquela  época. Manteve-se como a estrutura mais alta do mundo por quase 4.000 anos,  mas não significa que os egípcios eram amigos de seres extra-terrestres. Na verdade, nenhum outro povo rivalizou com os egípcios na construção de monumentos tão espetaculares até o século XIX  (19).
OBCECADOS COM A MORTE

Múmia egípcia

"Quando pensamos nos antigos egípcios com suas pirâmides, múmias e deuses, é fácil chegar à conclusão de que eles estavam preocupados demais com a morte. Na verdade, nada poderia estar mais longe da verdade.
O grande trabalho que os egípcios tinham em enterrar seus semelhantes era na verdade um modo de glorificar a vida. Por exemplo, muitas das ilustrações que adornam o interior dos túmulos (as pirâmides) são celebrações da agricultura, caça e pesca. Além disso, os ornamentos caros enterrados com os egípcios servem para ajudá-los a alcançar a vida eterna, onde supostamente continuam seu trabalho atual, sem qualquer dificuldade. Mumificar era uma maneira de manter o cadáver “real”, pronto para essa forma idealizada da vida cotidiana. Claramente, os egípcios eram obcecados com a vida, não com a morte".
Adaptação do Texto original de Natasha Romanzoti. Site HypeScience. Disponível em: 

http://hypescience.com/10-mitos-sobre-o-egito-antigo/


15 fatos  fascinantes sobre o Egito Antigo: curiosidades da vida  cotidiana dos antigos egípcios
  

Reproduzimos na íntegra, o texto abaixo, escrito pelo jornalista brasileiro Bruno   Calzavara para o Site HypeScience. Achei muito interessante e didático para complementar  estudo  sobre o cotidiano da vida dos antigos egípcios e da sua Civilização. Acompanhe. 

Tutankamon com seu turbante listrado (nemes) e sua longa barba, ornamentos típicos dos faraós
  1. Um faraó nunca deixava que seu cabelo fosse visto – ele sempre usava uma coroa ou uma espécie de  touca chamada de nemes (o ornamento listrado que ficou famoso por estar presente na máscara dourada de Tutankamon  (foto acima).
  2. A fim de impedir que as constantes moscas presentes na região pousassem nele, Pepi II do Egito sempre mantinha vários escravos nus por perto, com os corpos inteiros lambuzados de mel.
  3. Tanto homens como mulheres egípcias usavam maquiagem: aqueles famosos riscos escuros ao redor dos olhos eram geralmente verdes (feitos de cobre) ou pretos (feitos de chumbo). Os egípcios acreditavam que a maquiagem tinha poder de cura. Originalmente, a maquiagem era usada como proteção contra o sol, ao invés de um simples enfeite facial.
  4. Embora os antibióticos só tenham aparecido no século 20, a medicina popular antiga já combatia infecções, só que utilizando elementos presentes no dia a dia da época, como alimentos mofados ou terra. No Egito Antigo, por exemplo, as infecções eram tratadas com bolor de pão.
  5. As crianças egípcias não usavam nenhum tipo de roupa até que se tornassem adolescentes. As temperaturas médias no Egito faziam com que o vestuário fosse, de fato, desnecessário. Os homens adultos se vestiam com saias, enquanto as mulheres usavam vestidos.
  6. Os egípcios ricos da época usavam perucas enquanto as pessoas das demais classes sociais possuíam o cabelo comprido e frequentemente usavam tranças. Até os 12 anos de idade, os meninos egípcios tinham a cabeça raspada, exceto por uma mecha de cabelo – era como uma proteção contra pulgas e piolhos.
  7. Não se sabe quem destruiu o nariz da Esfinge de Gizé, no complexo das Pirâmides. Durante muito tempo, o “vandalismo” foi creditado às tropas de Napoleão que invadiram o Egito no ano de 1798. No entanto, há esboços da Esfinge sem nariz que datam de 1737, mais de 60 anos antes de Napoleão chegar ao Egito – e centenas de anos antes de os exércitos britânicos e alemães lutarem por lá nas duas Guerras Mundiais. A única pessoa conhecida por ter danificado a esfinge foi um clérigo islâmico, Sa’im al- dahr, linchado no ano de 1378 por vandalismo.
  8. Os egípcios acreditavam que a Terra era plana e redonda (como uma panqueca) e que o Rio Nilo corria bem no meio do planeta.
  9. Os soldados egípcios eram usados como uma força policial interna. Além disso, eles também coletavam impostos para o faraó.
  10. Em todos os templos do antigo Egito, o faraó era o responsável por realizar os deveres dos sacerdotes mais altos na hierarquia, mas geralmente seu lugar era tomado pelo sacerdote-mor.
  11. A primeira pirâmide construída pelos egípcios antigos (a Pirâmide de Degraus de Djoser, edificada por volta do ano 2600 aC) era originalmente cercada por uma parede de 10 metros de altura. O muro possuía também 15 portas, e apenas uma delas de fato abria.
  12. As mulheres no Egito antigo gozavam de igualdade legal e econômica com os homens. No entanto, elas jamais tiveram igualdade social.
  13. Alguns esqueletos escavados da época mostram que, ao contrário da crença popular, os construtores das pirâmides eram realmente egípcios. Eles provavelmente estavam a serviço permanente do faraó. Os rabiscos encontrados no local indicam que pelo menos alguns desses trabalhadores tinham orgulho da sua função, chamando suas equipes de “Amigos de Khufu”, “Bêbados de Miquerinos”, e assim por diante – nomes que indicavam alianças com os faraós.
  14. Quando um corpo era mumificado, o cérebro era removido por uma de suas narinas e o intestino também era retirado e colocado em frascos especiais. Cada órgão, na realidade, era colocado em seu próprio frasco. O único órgão interno que não era removido era o coração, porque egípcios o consideravam a sede da alma.
  15. Ramsés, o Grande, teve oito esposas oficiais e cerca de 100 concubinas. Ele tinha mais de 90 anos de idade quando morreu, no ano de 1212 aC. [Listverse]
Fonte: Por Bruno   Calzavara para o Site HypeScience. Disponível em: