“Para derrotar o racismo temos que acabar com as políticas públicas e as atitudes privadas que o perpetuam.”
Enquanto as Nações Unidas se preparam para celebrar em 2011 o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, o Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon, fez um apelo à comunidade internacional para que o racismo desapareça do mundo, pois estamos em pleno século XXI, mas as ideias de igualdade e fraternidade, defendidas pela Revolução Francesa, de 1789, ainda é um sonho. Na foto, a Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) do Brasil, Luíza Bairros.
A Assembléia Geral da ONU aprovou a resolução A/64/169 que declara o ano de 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes.
Em mensagem à Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em sua sede na cidade de Nova York (EUA), o Secretário Geral da instituição, o coreano Ban Ki-moon disse que o evento pretende reforçar o compromisso político para erradicar a discriminação racial.
Segundo ele, o Ano Internacional dos Afrodescendentes tentará fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos.
Ban Ki-moon lembrou que pessoas de origem africana estão entre as que mais sofrem com o racismo, além de ter negados seus direitos básicos à saúde e educação de qualidade.
O Secretário-Geral finalizou a mensagem sobre o Ano Internacional dos Descendentes de Africanos, lembrando a Declaração de Durban e o Programa de Ação que pede aos governos que assegurem a integração total de afro-descendentes em todos os aspectos da sociedade.
A Declaração de Durban resultou da IIIª Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, que teve lugar na cidade de Durban, na África do Sul, no período de 31 de agosto a 8 de setembro de 2001.
A conferência
Inspirou-se na luta heroica do povo da África do Sul contra o sistema
institucionalizado do Apartheid, bem como na luta por
igualdade e justiça.
Banhada pelas águas do
Oceano índico, Durban fica localizada na província de KwaZulu-Natal. Com
cerca de 4 milhões de habitantes, é a cidade mais vibrante da costa leste, e
possui o maior e o principal porto da África do Sul, que está entre os 10
maiores do mundo. Durban é uma cidade sofisticada e cosmopolita, onde a cultura
Zulu é muito marcante em todos os lugares.
Em Brasília (no
dia 21 de Março), a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
(Seppir) abriu as atividades do Ano Internacional dos
Afrodescendentes, em cerimônia especial.
A SEPPIR irá
celebrar o Dia Internacional pela Eliminação da
Discriminação Racial, em alusão ao Massacre de Sharpeville
em 1960,
que vitimou dezenas de manifestantes que protestavam contra a Lei do Passe,
na África do Sul. A data foi instituída por resolução da Organização das
Nações Unidas (ONU), que também declarou 2011 como Ano Internacional dos
Povos Afrodescendentes.
A Ministra
de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
(SEPPIR) do Brasil, Luiza Bairros, nascida no Rio Grande do Sul e radicada na
Bahia desde 1979 traçou importante agenda de celebração desses eventos.
A comunidade internacional já afirmou que o tráfico transatlântico de escravos foi uma tragédia apavorante não apenas por causa das barbáries cometidas, mas pela marcas deixadas no povo africano e seus descendentes, particularmente os povos da Diáspora Africana na América. É preciso que a sociedade civil organizada pressione seus governos por ações que revejam essa tragédia histórica.
A comunidade internacional já afirmou que o tráfico transatlântico de escravos foi uma tragédia apavorante não apenas por causa das barbáries cometidas, mas pela marcas deixadas no povo africano e seus descendentes, particularmente os povos da Diáspora Africana na América. É preciso que a sociedade civil organizada pressione seus governos por ações que revejam essa tragédia histórica.
Referências:
Conferência de Durban