quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cultura nordestina: vaquejada, a festa do vaqueiro. Poesias de cordel


Folclore é o conjunto de mitos e lendas  que as pessoas passam,  oralmente (de boca em boca),  de geração a  geração. 

O folclore pode ser dividido em lendas e mitos, que na maioria das vezes,  nascem da pura imaginação,  dando origem às festas populares. 

O folclore brasileiro é muito rico e variado. Cada Região tem suas festas, lendas, mitos, histórias de  herois  que formam o conjunto das nossas tradições folclóricas. 

Saiba mais sobre o folclore brasileiro. Clique no link:  Folclore brasileiro: literatura de cordel. Dramatizações com as lendas da Vitória-Régia e da Matinta Perêra


http://loucosportecnologias.blogspot.com.br/2013/08/literatura-de-cordel-lendas-da-vitoria.html

Veja também:   22 de Agosto Dia do Folclore. Personagens lendários e mitológicos do folclore brasileiro. Festas e Artes populares


http://loucosportecnologias.blogspot.com.br/2013/08/22-de-agosto-dia-do-folclore.html

O Brasil é dividido em 5 Regiões Geográficas:  Região Norte (N), Reg. Nordeste (NE); Reg. Centro-Oeste (CO); Reg. Sul (S) e Região Sudeste (SE).
O Caju e a castanha

A Região Nordeste tem 9 estados: Maranhão (MA), Piauí (PI), Ceará (CE) Rio Grande do Norte (RN), Paraíba (PB), Pernambuco (PE),  Alagoas (AL), Sergipe (SE) e Bahia (BA). 


Apesar dos problemas climáticos, como a estiagem  (falta de chuva), a  cultura da Região é muito rica.  Cada estado tem suas representações  e tradições culturais e folclóricas. No Nordeste  destaca-se a

Festa do Vaqueiro, ou Vaquejada e a   Literatura de Cordel,  com suas poesias muito apreciadas pelo povo nordestino.

Agora leia as poesias da cordelista cearense Dalinha Catunda: O caju e a castanha; a Vaqueira Dinda. Depois a poesia de Francisco  Rariosvaldo.  
O caju é uma fruta muito importante para a saúde do nosso corpo. É rica em vitamina C e sais minerais. É importante para a economia da região nordeste, gerando muitos empregos e riquezas. Veja a bela homenagem da cordelista a essa fruta. 

O Caju e a Castanha  


Outubro é mês de caju
Em meu querido sertão.
Quando a safra é boa,
Dá tanto que cai no chão.
Totalmente seduzida

Eu sou só contemplação.

Vermelho e amarelo,
Alaranjado também.
Comprido, arredondado
De todo formato tem.
E transformado em suco,

É gostoso e faz bem.

Dele é feito o doce,
Mel, vinho e cajuína,
Produtos apreciados,
Na região nordestina.
Tudo que vem do caju
Na verdade me fascina.

O Caju é o pedúnculo.
A castanha é o fruto.
Não sei de qual gosto mais
Só sei que dos dois desfruto.
Sou doidinha por castanha,
Por caju e seus produtos.

Na folia do caju
Eu nasci e me criei.
Em flandres assei castanha,
Com seu leite me queimei.
Aventuras de menina,
Que arrebatada provei.

Folclore Nordestino - A Festa do Vaqueiro 

Vaqueiros com seus trajes típicos feitos de couro de boi

Uma  festa muito apreciada no Nordeste  é a Vaquejada, também conhecida como a Festa do Vaqueiro, que  faz parte do folclore nordestino e brasileiro. 



A vaquejada é uma atividade recreativa-competitiva, do Nordeste brasileiro,  com características de esporte.  



Dois peões chamados vaqueiros  perseguem o boi  até emparelhá-lo entre os cavalos e conduzi-lo  à linha de chegada:  as duas últimas faixas  pintadas de cal,  no parque onde se realiza a  competição. Ali, o  animal deve ser derrubado.


No Nordeste, desde a colonização, o gado sempre foi criado solto. A coragem e a habilidade dos vaqueiros eram indispensáveis para que se mantivesse o gado junto. 
O vaqueiro  ao tanger o gado,  abriu estradas e desbravou regiões e o  sertão nordestino, onde  é muito querido. Agora, leia a bela poesia de cordel, homenageando uma mulher-vaqueira, chamada  Dinda. 

A Vaqueira Dinda   
        


No Ceará tem mulheres
Que merecem atenção.
Conheça Mestre Dina,
Vaqueira do sertão,
Que usa chapéu e chicote,
E joga o boi no chão.

Dina, Mulher guerreira
Vaqueira por tradição.
Seu aboio feminino
É melodia  no sertão.
Mas é firme feito macho,
Nas festas de apartação.

Monta bem o seu cavalo
Esta sertaneja de fé.
Dina mulher vaqueira,
Orgulho de Canindé,
Que pega a rês no laço
Porque sabe como é.

Essa mulher vaidosa,
Que não esquece o batom
Carrega coragem no laço
Ao aboio dá seu tom.
Com seu aboio de fêmea
Faz diferença no som.

Há muito tempo atrás,
Numa missa do vaqueiro.
Mestra Dina desafiou
Um famoso sanfoneiro.
Era o rei Luiz Gonzaga
Que aceitou prazenteiro.

Dina Maria Martins,
Que de Lima é também,
Conhecida mestre Dina,
Que seu ofício faz bem,

Orgulho do nordestino
Que meu Ceará detém.


Poesia  - O meu sertão agradece as chuvas que Deus mandar




O nordeste está sofrendo
Seco sem água e sem planta
O campina já nem canta
O gado não está comendo
As plantas estão morrendo
Dá vontade de chorar
Só Deus pra nos ajudar
E ouvir a nossa prece
O meu sertão agradece
As chuvas que Deus mandar.

A terra fica doente
Fica a vida ameaçada
Gado morto na estrada
Chega dá pena na gente
O sertanejo carente
Vê a seca arrochar
Quem come do que plantar
Baixa a cabeça e faz prece
O meu sertão agradece
As chuvas que Deus mandar.

Quem só vive do roçado
É triste a situação
Se não plantar não tem pão
Pra dar ao filho coitado
O cabra fica apertado
Vendo seu filho chorar
Sem nada ter pra lhe dar
O sertanejo padece
O meu sertão agradece
As chuvas que Deus mandar.

Porém a seca obriga
O camponês apelar
Resolve então viajar
Pra se salvar ele briga
Sua família ele abriga
Bem longe do seu lugar
Mas se a chuva voltar
Diz ele à família a prece

O meu sertão agradece
As chuvas que Deus mandar.

  Autor: Francisco Rariosvaldo de Oliveira   

Fonte: PUCRS    http://www.pucrs.br/mj/poema-cordel-24.php

Cena de uma vaguejada
Vamos ver o que você aprendeu sobre a literatura de cordel.  Acesse o link e leia a poesia  na íntegra. Responda no seu caderno  

1) Por que os poemas têm  o nome de cordel?  
2)  Quem escreve cordel é conhecido como cordelista. Você conhece algum cordelista ? Como se chama? Qual o estado e a região de origem desse poeta  que você conhece? 3) Agora vamos analisar o poema acima:  

a) escreva  o título e o autor;  
b) Quantas estrofes e quantos versos há  no   poema Estrofes..... Versos ....

4) Releia  o  refrão: 

"O meu sertão agradece a chuva que Deus mandar".  Qual é o tema central do poema ? Por quê o poeta escolheu esse tema 


O Brasil é dividido em cinco regiões geográficas. De  qual região do país fala o poema ? 


Escreva um texto de até 4 linhas sobre  essa Região a que se refere o poema.  


Localize-a no mapa do Brasil.


Atividade de Interpretação das poesias: 


Siga o mesmo roteiro acima, para interpretar as duas poesias de cordel, da poetisa cearense Dalinha Catunda.


 Sites pesquisados 

Jovem. Site da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do sul - PUCRS
http://www.pucrs.br/mj/poema-cordel-24.php


Imagens do Google.


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