quarta-feira, 17 de julho de 2013

ONU Mulheres: sul-africana é a nova diretora para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres. Discurso de Malala Yousafzai na ONU: direito das mulheres à educação



Phumzile Mlambo-Ngcuka
Malala Yousafzai
“Um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo...Vamos pegar nossos livros e nossas canetas. Eles são as nossas armas mais poderosas... Os extremistas tinham e ainda têm medo de livros e canetas...O poder da educação assusta. Eles estão com medo das mulheres.” 

 Malala Yousafzai  em seu discurso  para os Jovens da Assembleia da ONU, sobre os talibãs, que tentaram matá-la, por querer estudar.

Duas mulheres se destacaram na ONU  e no mundo, em julho de 2013:  a sul-africana Phumzile Mlambo-Ngcuka, que foi eleita  a nova diretora da  ONU Mulheres,   e a adolescente paquistanesa  Malala Yousafzai, que se transformou no símbolo da luta pelos direitos das mulheres no Paquistão.

A sul-africana Phumzile Mlambo-Ngcuka - biografia


A Sra. Phumzile Mlambo-Ngcuka, ex-Vice-Presidente da República da África do Sul, foi nomeada pelo Secretário-Geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-Moon,  no último dia 10 de Julho de 2013, como a nova diretora da  ONU Mulheres,   entidade  das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres. 
Criada em Julho de 2010, por voto unânime da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), para  promover a igualdade de gêneros,  tem como objetivo supervisionar todos os programas da instituição destinados a  promover os direitos das mulheres  nos níveis global, regional e nacional, e dessa forma, promover dentro da própria ONU seus compromissos com  a igualdade de gênero. 

A entidade  deverá  ajudar os países-membros a aplicar leis que incentivem parcerias com a sociedade civil, para dar apoio técnico e financeiro às mulheres.
Phumzile Mlambo-Ngcuka foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Vice-Presidente da África do Sul de 2005 a 2008, Ministra  de Minerais e Energia,  Ministra de Artes, Cultura , Ciência e Tecnologia,  Vice-Ministra do Departamento de Comércio e Indústria, entre outros postos de liderança no Governo e na sociedade civil, do seu país, a África do Sul. 

Ela criou a Fundação Mlambo em 2008,  para dar apoio às escolas em áreas empobrecidas do seu país e da República do Malawi,  país da África Oriental, para  orientar, treinar professores,  e apoiar melhorias das escolas com parceiros locais. 

Agora é a  nova chefe do órgão das Nações Unidas encarregado de promover os direitos das mulheres e da sua plena participação nos assuntos globais, em substituição a  Michelle Bachelet, ex-Presidente do Chile, primeira Diretora  Executiva da ONU Mulheres. Desejamos sucesso na sua nova tarefa de construir consensos e experiências  de gestão hands on”, ou seja, com a  mão na massa, em favor das mulheres.

“Educação é a única solução”, disse a adolescente paquistanesa Malala Yousafzai

A estudante do Paquistão, país da Ásia,  Malala Yousafzai, que foi baleada pelo Talibã, grupo religioso radical de seu país, por defender os direitos de todas as mulheres à educação, discursou na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, no último dia 12 de Julho. 

”A fraqueza, o medo e o desespero morreram; e a força, o poder e a coragem nasceram”, disse Malala. 

Ban Ki-moon
Em sua homenagem o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelidou o dia 12 de julho – aniversário de 16 anos da jovem,  como "Dia de Malala," em homenagem ao seu posicionamento corajoso e determinado na garantia da educação para todos.

 “Malala escolheu comemorar seu 16º aniversário com o mundo”, disse Ban, lembrando que o forte apoio que ela tem recebido de milhões de pessoas em todo o mundo é uma clara mensagem que diz: “Malala, você não está sozinha.”

A reunião contou com cerca de mil jovens líderes da ONU e outras autoridades, além de diplomatas. Na cerimônia, um grupo de jovens de Bangladesh, Índia, Marrocos, Nepal, Paquistão e Serra Leoa foi homenageado por suas lutas contra a discriminação na educação.

Nesta sexta-feira, a UNESCO, órgão das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura,  divulgou artigo mostrando que o número de crianças sem acesso à educação no mundo,  caiu de 60 milhões em 2008 para 57 milhões em 2011. 
As meninas representam  55% do total e são as mais prejudicadas, porque muitas vezes são vítimas de estupro e outras  violências  dos conflitos armados.

Veja  o discurso da jovem no vídeo com duração de  1: 41 -  O dia de Malala. 

https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=0h4B9yX8T8k

Referências  (sites acessados em 18/07/2013)