sexta-feira, 18 de maio de 2018

Cresce o Número de Jovens Entre 15 e 29 Anos Que Não Estudam nem Trabalham. A Geração 'nem-nem'

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Reproduzo aqui a matéria de Ana Carolina Moreno  para o  G1 - EDUCAÇÃO, publicada hoje, 18/05/2018, sobre uma questão que interessa a toda sociedade brasileira  -  o crescimento do  número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham.

Os dados são  da PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios,  que obtém informações anuais sobre características demográficas e socioeconômicas da população, como sexo, idade, educação, trabalho e rendimento, entre outras, tendo como unidade de coleta os domicílios.   

A matéria me assustou,  considerando minha condição de professora do Ensino Médio, na Rede Pública Estadual do Estado da Bahia. Acompanhe a matéria na íntegra, assista ao vídeo, clicando no link no final deste post. Boas reflexões!

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"Cresce o número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham

Dados sobre educação da Pnad divulgados nesta sexta mostram que, entre 2016 e 2017, o desemprego aumentou a quantidade de jovens que não trabalham, mas o número de pessoas nessa faixa etária que só estudam ficou estável.

Em 2017, o Brasil tinha 48,5 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, mas 11,1 milhões delas não trabalhavam e também não estavam matriculadas em uma escola, faculdade, curso técnico de nível médio ou de qualificação profissional.

Conhecido como 'nem-nem', esse grupo representava 23% do total de jovens brasileiros no ano passado, e aumentou em relação ao ano anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgados na manhã desta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Geração 'nem-nem'

De acordo com os números, a variação entre 2016 e 2017 foi de 619 mil jovens de 15 a 29 anos a mais nessa condição – em 2016, 21,8% das pessoas nessa faixa etária estavam no grupo 'nem-nem'.

Ao G1, Marina Aguas, coordenadora da pesquisa, ressaltou que os dados apresentam um "estudo ampliado", ou seja, não consideram apenas se a pessoa está matriculada no ensino regular, mas também em outros tipos de educação informal, como os cursos pré-vestibulares, curso técnico de nível médio ou um curso de qualificação profissional.

Redução da ocupação


De acordo com o estudo, entre 2016 e 2017 o número de jovens estudando permaneceu estável, o que ocorreu foi uma "redução da ocupação": tanto a porcentagem da população ocupada nessa faixa etária recuou de 35,7% para 35% quanto a de jovens que estudavam e trabalhavam, que caiu de 14% para 13,3%.


Entre as diferentes faixas etárias da juventude, os índices se mantiveram estáveis entre os adolescentes de 15 a 17 anos e entre 25 e 29 anos, mas aumentou entre quem tem de 18 a 24 anos.


Abaixo da meta

De acordo com a meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), até 2024, 33% das pessoas entre 18 e 24 devem estar matriculadas no ensino superior. Em 2017, essa porcentagem foi de 23,2%, e se manteve estável em relação a 2016, segundo a Pnad.

No total, 25,1 milhões de jovens, não estavam matriculados em 2017 em nenhum tipo de curso de ensino regular, pré-vestibular, técnico de nível médio ou de qualificação profissional, mas não haviam concluído uma graduação, ou seja, ainda tinham o ensino superior incompleto.

Desses, 64,2% eram pessoas de cor preta e parda, segundo a Pnad. "De 2016 para 2017, foram 343 mil pessoas a mais nessa situação, equivalendo a um aumento de 1,4% desse grupo", diz a pesquisa.

Diferenças de gênero

A Pnad também oferece dados sobre os motivos dados pelas pessoas para não estarem estudando. Do total de pessoas nessa situação, 7,4% afirmaram que já haviam concluído o nível de ensino que desejavam. Mas os demais motivos tiveram respostas variáveis de acordo com o sexo.

Entre os homens, 49,4% afirmaram que as razões eram ou porque trabalhavam, ou porque estavam buscando emprego ou já conseguiram trabalho, que começariam em breve. Entre as mulheres, essa justificativa foi usada em 28,9% dos casos.

O segundo motivo mais comum para os homens não estudarem é a falta de dinheiro para pagar a mensalidade, o transporte, o material escolar ou outras despesas educacionais. Ele foi apontado por 24,2% dos homens e 15,6% das mulheres.

Cuidados com os filhos e a casa

Por outro lado, entre as mulheres, o segundo motivo mais citado para estarem fora da sala de aula é ter que cuidar dos afazeres domésticos ou de criança, adolescente, idosos ou pessoa com necessidades especiais. Essa razão foi apontada apenas por 0,7% dos homens.

Marina Aguas explica que esse tipo de cuidado doméstico ou com a família, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), configura trabalho.

"Isso hoje em dia é considerado trabalho no seu sentido ampliado. Se a pessoa vai trabalhar, ela tem que pagar alguém para fazer esse serviço, então isso é um produto, de alguma forma. Não é um trabalho do mercado, mas você pode dar um valor a ele. Ainda mais com a população envelhecendo", diz ela."

Lia a matéria na íntergra. Clique no link abaixo:



A imagem de ilustração é do  Site Banca do Coaching. Disponível em: 
Acesso em 18/05/2018

Imagens do Google

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