O cantor Michael Jackson |
Howard
Gardner é autor da Teoria das Inteligências Múltiplas, que se contrapõe ao conceito de inteligência como sendo uma capacidade inata, geral e única.
Cientista formado no campo da psicologia e da neurologia, nasceu no estado norte americano da Pensilvânia, em 1943, numa família de judeus alemães refugiados do nazismo. Professor adjunto de neurologia na Universidade de Boston, Professor de Cognição e Educação na Universidade Harvard (EUA), recebeu o Prêmio Príncipe das Astúrias das Ciências Sociais.
A Teoria das Inteligências Múltiplas é uma alternativa ao conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos um desempenho, maior ou menor, em qualquer área de atuação. É consenso que dois fatores levam uma pessoa a desenvolver capacidades inatas: a educação que recebe e as oportunidades que encontra. Para Gardner, a educação costuma errar ao não levar em conta os vários potenciais de cada um. Além disso, é comum que essas aptidões sejam sufocadas pelo hábito nivelador da maioria absoluta das escolas. Ele atribui à escola duas funções essenciais: modelar papéis sociais e transmitir valores.
Até o aparecimento da teoria de Gardner, os testes tradicionais de inteligência consideravam apenas as inteligências verbal e a lógico-matemática. Gardner desfez crenças e trouxe novos elementos para o estudo da inteligência, trazendo para o debate a diversidade humana. De acordo com a definição tradicional, inteligência é uma capacidade cognitiva uniforme,
A Teoria das Inteligências Múltiplas é uma alternativa ao conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos um desempenho, maior ou menor, em qualquer área de atuação. É consenso que dois fatores levam uma pessoa a desenvolver capacidades inatas: a educação que recebe e as oportunidades que encontra. Para Gardner, a educação costuma errar ao não levar em conta os vários potenciais de cada um. Além disso, é comum que essas aptidões sejam sufocadas pelo hábito nivelador da maioria absoluta das escolas. Ele atribui à escola duas funções essenciais: modelar papéis sociais e transmitir valores.
Até o aparecimento da teoria de Gardner, os testes tradicionais de inteligência consideravam apenas as inteligências verbal e a lógico-matemática. Gardner desfez crenças e trouxe novos elementos para o estudo da inteligência, trazendo para o debate a diversidade humana. De acordo com a definição tradicional, inteligência é uma capacidade cognitiva uniforme,
Howard Gardner |
com a qual as pessoas nascem. Gardner se contrapõe ao defender que inteligência é:
a) a habilidade de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários; b) um conjunto de habilidades que permitem que uma pessoa resolva problemas; c) o potencial de encontrar ou criar soluções para problemas, o que envolve adquirir novos conhecimentos.
O cientista causou forte impacto na área educacional com sua teoria, que nasceu quando ele integrou-se ao Harvard Project Zero, destinado inicialmente às pesquisas sobre educação artística, passando a se dedicar a desenvolver
O psicólogo se valeu do mapeamento encefálico usando técnicas modernas e suas conclusões, como a maioria das que se referem ao funcionamento do cérebro, são empíricas. O estudo reforça a ideia de que compensar desvantagem genética com um ambiente estimulador de habilidades e condições adequadas de aprendizado, sempre suscitam respostas positivas dos estudantes.
No livro Estruturas da Mente escrito em 1983, Gardner descreve sete dimensões da inteligência. Em 1999 ele acrescentou mais duas: a inteligência natural (capacidade de reconhecer e classificar espécies da natureza) e a inteligência existencial (capacidade de refletir sobre questões fundamentais da vida humana), e sugeriu o agrupamento da inteligência interpessoal e da intrapessoal numa só. Vamos conhecê-las:
No livro Estruturas da Mente escrito em 1983, Gardner descreve sete dimensões da inteligência. Em 1999 ele acrescentou mais duas: a inteligência natural (capacidade de reconhecer e classificar espécies da natureza) e a inteligência existencial (capacidade de refletir sobre questões fundamentais da vida humana), e sugeriu o agrupamento da inteligência interpessoal e da intrapessoal numa só. Vamos conhecê-las:
1. Inteligência verbal ou linguística: habilidade verbal bem desenvolvida, sensibilidade aos sons, significados e ritmos das palavras;
2. Inteligência lógico-matemática: habilidade de pensar de forma conceitual e abstrata, além da capacidade de discernir padrões lógicos ou numéricos;
3. Inteligência musical: habilidade de produzir e apreciar ritmos, tons e timbres;
4. Inteligência visual ou espacial: capacidade de pensar em forma de imagens, “visualizar” conceitos abstratos;
5. Inteligência corporal ou cinestésica: capacidade de controlar o próprio corpo e lidar fisicamente com objetos variados;
6. Inteligência interpessoal: capacidade de detectar e responder adequadamente aos humores, motivações e desejos dos outros;
7. Inteligência intrapessoal: capacidade de ser autoconsciente e em sintonia com seus sentimentos interiores, valores, crenças e processos de pensamento;
8. Inteligência naturalista: habilidade para reconhecer e categorizar plantas, animais e outros elementos da natureza;
Para o autor existem talentos diferenciados para
atividades específicas. O físico Albert Einstein, por exemplo, tinha
excepcional aptidão lógico-matemática, mas provavelmente não dispunha do mesmo
talento para outras habilidades. O mesmo pode ser dito da veia musical de Wolfgang
Amadeus Mozart ou da inteligência físico-cenestésica do futebolista brasileiro
Pelé. Portanto, cada um de nós tem seu talento. É papel da escola
estimular
habilidades potenciais de seus alunos.
Imagem: http://neuronatura.wix.com/neuronatura#!inteligncias-mltiplas---howard-gardner/c1fos
Os Testes de QI X A Teoria das Múltiplas Inteligências
Até a publicação de sua teoria, o padrão aceito para avaliar a inteligência eram os Testes de QI (quociente de inteligência média), criados nos primeiros anos do século 20 pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911), a pedido do Ministro da Educação de seu país.
QI significa Quociente de Inteligência, um fator
que mede a inteligência das pessoas com base nos resultados de testes
específicos. Portanto, o QI mede o desempenho cognitivo de um indivíduo
comparando a pessoas do mesmo grupo etário. O QI era basicamente, a capacidade de dominar o
raciocínio que hoje se conhece como lógico- matemático.
Na concepção tradicional de
inteligência, um sistema educacional eficiente deve basear-se em testes de
múltipla escolha, os chamados testes de respostas curtas, para
avaliar os alunos. Tal prática é adotada por áreas
governamentais do Brasil, como ENEM, Prova Brasil etc, que desfavorecem
os alunos especiais, sejam os superdotados ou aqueles com problemas de
aprendizado, na avaliação de estudiosos. Professores, pesquisadores, estudantes e pais já
perceberam a ineficácia de testes padronizados de inteligência, como forma
de mensurar a inteligência e o aprendizado dos alunos, corroborando com
Gardner, para quem todo ser humano possui múltiplos tipos de
inteligencias, e cada uma delas pode ser desenvolvida ou
enfraquecida. Portanto, cabe à escola rever seus conceitos.
Sites consultados
GAMA, Maria Clara S. Salgado. A
Teoria das Inteligências Múltiplas e suas implicações para Educação
Instituto
Claro. Pensadores da Tecnologia e da Educação
Todas
as imagens são do Google
Para o autor existem talentos diferenciados para
atividades específicas. O físico Albert Einstein, por exemplo, tinha
excepcional aptidão lógico-matemática, mas provavelmente não dispunha do mesmo
talento para outras habilidades. O mesmo pode ser dito da veia musical de Wolfgang
Amadeus Mozart ou da inteligência físico-cenestésica do futebolista brasileiro
Pelé. Portanto, cada um de nós tem seu talento. É papel da escola
estimular
habilidades potenciais de seus alunos.
habilidades potenciais de seus alunos.
Imagem: http://neuronatura.wix.com/neuronatura#!inteligncias-mltiplas---howard-gardner/c1fos |
Os Testes de QI X A Teoria das Múltiplas Inteligências
Até a publicação de sua teoria, o padrão aceito para avaliar a inteligência eram os Testes de QI (quociente de inteligência média), criados nos primeiros anos do século 20 pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911), a pedido do Ministro da Educação de seu país.
Até a publicação de sua teoria, o padrão aceito para avaliar a inteligência eram os Testes de QI (quociente de inteligência média), criados nos primeiros anos do século 20 pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911), a pedido do Ministro da Educação de seu país.
QI significa Quociente de Inteligência, um fator
que mede a inteligência das pessoas com base nos resultados de testes
específicos. Portanto, o QI mede o desempenho cognitivo de um indivíduo
comparando a pessoas do mesmo grupo etário. O QI era basicamente, a capacidade de dominar o
raciocínio que hoje se conhece como lógico- matemático.
Na concepção tradicional de
inteligência, um sistema educacional eficiente deve basear-se em testes de
múltipla escolha, os chamados testes de respostas curtas, para
avaliar os alunos. Tal prática é adotada por áreas
governamentais do Brasil, como ENEM, Prova Brasil etc, que desfavorecem
os alunos especiais, sejam os superdotados ou aqueles com problemas de
aprendizado, na avaliação de estudiosos. Professores, pesquisadores, estudantes e pais já
perceberam a ineficácia de testes padronizados de inteligência, como forma
de mensurar a inteligência e o aprendizado dos alunos, corroborando com
Gardner, para quem todo ser humano possui múltiplos tipos de
inteligencias, e cada uma delas pode ser desenvolvida ou
enfraquecida. Portanto, cabe à escola rever seus conceitos.
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Teoria das Inteligências Múltiplas e suas implicações para Educação
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