Este post adaptei de uma publicação da jornalista brasileira Natasha Romanzoti, para o site hypeScience. Achei a matéria muito interessante para ser trabalhada em sala de aula, considerando a importância desses grandes cientistas brasileiros para a vida do nosso povo, principalmente na área da saúde.
Mosquito da dengue |
Destacamos os médicos: Osvaldo Cruz, que para combater doenças tropicais que tiravam a vida de muitos brasileiros, criou uma vacina que as pessoas tinham medo de tomar, gerando a chamada Revolta da Vacina; Carlos Chagas, que combateu a malária, a gripe espanhola e outras epidemias; Dr. Zerbini, que se notabilizou por realizar o primeiro transplante de coração da América Latina;
Adolpho Lutz, que se destacou ao descobrir que o leite precisava ser
pasteurizado; descobriu o mosquito que provoca a dengue e a febre amarela. Por fim, o geógrafo baiano, Dr. Milton Santos, único brasileiro a receber o Prêmio Vautrim Lud, considerado “o Nobel da Geografia”.
1. Oswaldo Cruz (1872-1917), sanitarista que salvou a vida de milhares de brasileiros
Tendo estudado na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e em Paris, combateu em 1899 o surto de peste bubônica que ocorria em Santos e em outras cidades portuárias brasileiras. Em 1900 fundou o Instituto Soroterápico Nacional, no Rio de Janeiro, que depois passou a se chamar Instituto Oswaldo Cruz. A instituição possui grande respeito internacional.
O médico Osvaldo Cruz coordenou campanhas para erradicação da febre amarela, varíola e eliminação dos focos de insetos transmissores de doenças tropicais no Brasil.
Com o objetivo de erradicar as moléstias contagiosas, gerou uma campanha de vacinação forçada, que acabou sendo conhecida como a Revolta da Vacina. O ato salvou a vida de muitas pessoas. Em 1916, colaborou para a fundação da Academia Brasileira de Ciências e se tornou prefeito de Petrópolis, cidade do Rio de Janeiro (RJ). Faleceu no ano seguinte, devido a problemas de saúde.
Com o objetivo de erradicar as moléstias contagiosas, gerou uma campanha de vacinação forçada, que acabou sendo conhecida como a Revolta da Vacina. O ato salvou a vida de muitas pessoas. Em 1916, colaborou para a fundação da Academia Brasileira de Ciências e se tornou prefeito de Petrópolis, cidade do Rio de Janeiro (RJ). Faleceu no ano seguinte, devido a problemas de saúde.
2. Carlos Chagas (1879-1934), médico brasileiro descobridor da doença de Chagas
Carlos Chagas ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1896, doutorando-se em 1903. No ano anterior, havia entrado como voluntário para o Instituto Soroterápico, atual Instituto Oswaldo Cruz.
Em 1905, colaborou nos esforços para a erradicação da malária na cidade de Itatinga, no estado de São Paulo. Ficou conhecido nos meios científicos ao defender o combate da malária através do uso de inseticida, formulando a teoria da transmissão domiciliar da doença.
Chagas dedicou-se também à pesquisa de outras doenças endêmicas. Por exemplo, descreveu o tripanossoma – o protozoário causador da doença de Chagas – dando-lhe o nome de Tripanossoma cruzi, em homenagem ao Mestre Oswaldo Cruz. A descoberta da nova condição e dos meios profiláticos para combatê-la começaram a se disseminar em escala internacional, de forma que a Sociedade Brasileira de Patologia batizou a nova doença com o nome de seu descobridor.
Chagas ainda foi convidado pelo presidente da República, Venceslau Brás, a organizar as medidas sanitárias para o combate à gripe espanhola no Rio de Janeiro, num momento em que 60% da população estava contaminada. Em 1919, foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública, que passou a ser dirigido por Chagas.
Em 1925, o cientista tornou-se professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, foi fundado o Curso Especial de Higiene e Saúde Pública, instituição pioneira na pesquisa e difusão dos conhecimentos de microbiologia.
Ainda em 1925, Chagas foi agraciado com o prêmio Kümmel, da Universidade de Hamburgo. Em seus últimos anos, recebeu um grande número de honrarias, títulos e condecorações, em homenagem a toda uma vida dedicada à pesquisa e à saúde pública.
3. Euryclides Zerbini
(1912-1993), cirurgião que realizou o primeiro transplante de coração da
América Latina
Formado em medicina pela Universidade de São Paulo, Euryclides Zerbini especializou-se em cirurgia geral, e mais tarde estudou cirurgia torácica, cardíaca e pulmonar nos EUA.
Em 1957, iniciou experiências para abertura do coração em animais, utilizando circulação extracorpórea. Na Universidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, foi colega do Dr. Christian Barnard, o primeiro cirurgião a realizar um transplante cardíaco.
Em 26 de maio de 1968, ele realizou no Hospital das Clínicas, em São Paulo, o primeiro transplante de coração da América Latina. O êxito do cirurgião trouxe para o Brasil a admiração e o respeito das outras nações, tornando o país um dos mais avançados centros de cirurgia cardiológica do mundo.
Professor da USP, criou o Centro de Ensino de Cirurgia Cardíaca, que se transformaria no Instituto do Coração (Incor) em 1975. Durante seus 58 anos de carreira, recebeu 125 títulos honoríficos e inúmeras homenagens de governos de todo o mundo, além de ter realizado mais de 40 mil cirurgias cardíacas, pessoalmente ou por meio de sua equipe.
4. Adolpho Lutz (1855-1940), médico sanitarista que combateu doenças graves e descobriu que o leite precisava ser pasteurizado
Nascido no Rio de Janeiro, Adolpho Lutz foi levado aos dois anos de idade para a Suíça, terra de origem de seus pais. Formou-se em medicina pela Universidade de Berna, porém voltou ao Brasil aos 26 anos por escolha própria, para ajudar no seu país natal. Segundo ele, as condições de higiene da época agravavam o quadro da saúde pública brasileira.
Lutz atendia à população carente e viajava frequentemente à Europa para acompanhar as novidades dos centros científicos, trazendo-as para o Brasil Imperial. Ele combateu várias doenças importantes por aqui: febre amarela, varíola, peste bubônica, febre tifoide, cólera, malária e tuberculose.
Uma vitória importante em sua carreira foi identificar o mosquito Aedes aegypti como o transmissor do vírus causador da febre amarela, e nos dias atuais, da dengue. Ele mesmo e outros médicos foram cobaias para a experiência que comprovou o mecanismo de transmissão da moléstia.
Depois de anos lutando pelo Brasil, uma polêmica na cidade de São Paulo foi a gota d’água para que Lutz se retirasse da vida pública nessa cidade. Ele afirmava que a tuberculose bovina podia ser transmitida ao homem por meio do consumo do leite de vaca, mas acabou sendo ridicularizado por médicos que apoiavam os interesses comerciais dos pecuaristas. Lutz tinha razão, tanto que hoje a pasteurização do leite para consumo humano é absoluta rotina.
5. Milton Santos (1926–2001), geógrafo que ganhou o mais importante prêmio da área
Milton Santos teve uma carreira extensa, que começou na Faculdade Católica de
Filosofia na Bahia. Tendo feito doutorado na França e viajado pela Europa e pela África, publicou em 1960 um dos seus artigos mais famosos, o estudo “Mariana em Preto e Branco”.
No final dos anos 1950, Milton participou de um concurso (que acabou não se realizando) para livre-docente na Universidade Federal da Bahia. Após ter recorrido à Justiça, conseguiu prestar o exame, defendendo brilhantemente a tese “Os Estudos Regionais e o Futuro da Geografia”.
Milton Santos foi um dos fundadores do Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais da Universidade da Bahia, um ícone dos estudos da área. Pouco tempo depois, no entanto, com o golpe militar de 1964, Milton foi preso e exilado. Convidado a lecionar na Universidade de Toulouse (França), ficou ali três anos.
Na década de 1970, o cientista estudou e trabalhou em universidades no Peru, na Venezuela e nos EUA. Entre 1975 e 1976, chegou a ser pesquisador no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Em 1977, retornou para o Brasil, trazendo já completa a obra “Por uma Geografia Nova”.
Em 1984, conseguiu o posto de professor titular na Universidade de São Paulo (USP). No período final de sua vida, em 1994, recebeu o Prêmio Vautrim Lud, considerado “o Nobel da Geografia”. Foi agraciado com inúmeras honrarias, títulos e medalhas e morreu aos 75 anos, legando obras e atividades que foram um marco nos estudos geográficos no Brasil.
Saiba mais sobre Milton Santos. Clique aqui. HOMENAGENS AO GEÓGRAFO E PROFESSOR MILTON SANTOS http://serravallenaafricadosul.blogspot.com.br/2011/06/homenagens-ao-geografo-professor-milton.html
Blog de Geografia. 12 artigos de Milton Santos para download
Milton Santos teve uma carreira extensa, que começou na Faculdade Católica de
Filosofia na Bahia. Tendo feito doutorado na França e viajado pela Europa e pela África, publicou em 1960 um dos seus artigos mais famosos, o estudo “Mariana em Preto e Branco”.
Na década de 1970, o cientista estudou e trabalhou em universidades no Peru, na Venezuela e nos EUA. Entre 1975 e 1976, chegou a ser pesquisador no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Em 1977, retornou para o Brasil, trazendo já completa a obra “Por uma Geografia Nova”.
Em 1984, conseguiu o posto de professor titular na Universidade de São Paulo (USP). No período final de sua vida, em 1994, recebeu o Prêmio Vautrim Lud, considerado “o Nobel da Geografia”. Foi agraciado com inúmeras honrarias, títulos e medalhas e morreu aos 75 anos, legando obras e atividades que foram um marco nos estudos geográficos no Brasil.
Blog de Geografia. 12 artigos de Milton Santos para download
ATIVIDADES
1. Você já conhecia algum desses cientistas aqui citados? Qual ou quais?
2. Destacamos aqui cinco cientistas brasileiros. Escreva as contribuições de cada um deles para o povo brasileiro.
Fontes:
Blog Serravalle na África do sul. HOMENAGENS AO GEÓGRAFO E PROFESSOR MILTON SANTOS
http://serravallenaafricadosul.blogspot.com.br/2011/06/homenagens-ao-geografo-professor-milton.html
ATIVIDADES
2. Destacamos aqui cinco cientistas brasileiros. Escreva as contribuições de cada um deles para o povo brasileiro.
Fontes:
Blog Serravalle na África do sul. HOMENAGENS AO GEÓGRAFO E PROFESSOR MILTON SANTOS
http://serravallenaafricadosul.blogspot.com.br/2011/06/homenagens-ao-geografo-professor-milton.html
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