quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Érico Veríssimo:Rosa Maria no Castelo Encantado. Peça de teatral infanto-juvenil. Biografia de Veríssimo

O Castelo, suas portas e janelas de ouro, telhado
vermelho, torres de chocolates e doces
Aventurei-me na adaptação do clássico do escritor brasileiro Érico Veríssimo intitulado  Rosa Maria no Castelo Encantado, para essa peça teatral,  ao identificar a demanda desse gênero, por  professores do ensino fundamental. 

O Livro escrito por Veríssimo,  conta a história de uma menina que visita uma casa que aos olhos dos adultos não passa de uma construção normal, mas que na verdade é um castelo. Ela conhece seus moradores: o mágico e coloridos anõezinhos, onde  tem todas as suas vontades  atendidas.  

Ganha cinco bonecas, muitos doces  e depois de brincar bastante, conhece um livro que a transporta para uma floresta encantada. Lá, encontra personagens muito especiais do mundo  encantado dos contos de fadas. Vamos à peça: 

Título da Peça: Rosa Maria no Castelo Encantado       Cenário único: uma sala.

Materiais: um tapete (pode ser uma colcha); uma mesa (será usada para três fins em momentos distintos);  uma cadeira; toalhas de mesa;  doces e salgados; cinco bonecas; um livro de histórias infantis, com capa colorida; roupas nas cores verde, amarela e azul para os anõezinhos.  Roupa e acessórios de  mágico; cortina; cornetas ou músicas de bandinhas em CD ou Pendrive.

Personagens: uma menina (Rosa Maria); o Mágico; 4  anõezinhos verdes, um anãozinho amarelo e outro azul (total: sete anõezinhos, podendo ser meninas e meninos); um narrador.  Total: dez personagens (pode flexibilizar).

Música- Cantiga de Roda: Fui no Tororó. Veja letra e vídeo nas ref.

Roteiro - Cena 1:     Narrador abre a apresentação, dizendo:
- Senhoras e Senhores,  convidamos a todos para acompanhar com o nosso elenco as aventuras  da menina Rosa Maria no  Castelo Encantado.   Preparem-se para viver grandes emoções e se divertir  bastante !  

O  Mágico  entra bem  falante e todo garbosos no palco, e se apresenta:
Eu sou um mágico. Moro num castelo encantado. Os homens grandes não sabem de nada. Só as crianças  conhecem o meu segredo. Só elas  enxergam o meu castelo encantado, com suas torres de açúcar e chocolate. Pontes que sobem e descem, puxadas ou empurradas por anõezinhos barrigudos. 


Os trincos das portas, vocês pensam que são de metal ? Nada disso. São de marmelada, de goiabada, de cocada. Quando um homem grande entra na minha casa tem de subir toda a escada, degrau por degrau. Quando uma criança entra no meu castelo, é a escada que sobe com ela.
O Mágico
A linda garotinha Rosa Maria me deu a honra de visitar o meu maravilhosos castelo encantado. Vou lhes contar como foi a visita. 
Depois dessa fala, o Mágico retira-se. 


Cena 2 - Narrador fala:                                              
- Senhoras e Senhores, acaba de chegar  ao castelo encantado  uma  linda menina. Seu nome é  Rosa Maria.   
Entra Rosa Maria no palco. Ela  bate na palma da mão e diz:
- Olá, tem alguém aí ? 
O anão azul, que sempre está de guarda à entrada do castelo, ouve a batida e abre a porta. Ao vê-la,  faz um cumprimento muito respeitoso e diz:
— Senhorita  Rosa Maria,  seja bem-vinda ao Castelo Encantado ! Entre !
Em seguida, o anão azul bate palmas. Aparece um Anão Amarelo. O anão amarelo tem uma corneta. O anão azul faz um sinal e ele começa a  tocar: to-to-ro-ró... to-ro-róóó !
Aparecem, então,  quatro   anãozinhos  verdes, marchando...  Todos começam a tocar  e dançar (se não tiver cornetas, imitar com as mãos).  Rosa Maria olha  para eles  admirada. Solta  gritinhos de alegria e começa a bater palmas e dançar junto com eles.  

Cena 3. Entra o Mágico. Todos param. Ele se dirige a Rosa Maria dizendo: 



Senhorita Rosa Maria, que prazer recebê-la no meu maravilhosos Castelo Encantado!  Fique à vontade. O meu castelo é todo seu ! 
Rosa agradece:
- Obrigada, Senhor Mágico, mas estou  com muita fome.
O Mágico fala:
Fome, ora Senhorita, isso aqui não é problema ! 

De  pronto,  dirige-se à mesa, estala os dedos,   suspende  a toalha que cobre os doces e petiscos.  Curva-se diante da meninas e move as mãos para a mesa, simbolizando - sirva-se. 

Todos exclamam juntos: Ooooohhhh  !        Quantas delicias  !    

O Mágico diz:
- Uma visita  tão especial, uma menina tão linda como a Senhorita Rosa Maria,  merece que todas as suas vontades sejam  atendidas. Coma à vontade !    É tudo seu!

Rosa Maria muito contente pega um doce, um salgado, come   e  diz:

- Nunca comi tantos doces  e petiscos  tão gostosos, ao longo de  toda a minha vida ! É um sonho ! Obrigada,  Senhor Mágico!  Vamos comer, amiguinhos ! 
 Uma pequena pausa e depois o mágico  diz: 
-  Senhorita, queremos que  venha viver  conosco, no nosso  castelo.  
Rosa  dá um sorriso  enigmático. Depois de comer e saltitar com os anõezinhos, ela pede para ir dormir. Retira-se, acompanhada dos anõezinhos. O mágico também se retira. 
Fecha-se a cortina.

Cena 4: Narrador:   

- Rosa Maria teve uma noite de sono tranquila no quarto cor de rosa, especialmente decorado para ela, que foi vigiada durante toda a noite pelo anãozinho verde. Acordou feliz e disposta. 

Todos retornam ao palco. A menina  cumprimenta a todos com um bom dia bem humorado e um belo sorriso. Em seguida,    faz um pedido ao mágico: 
-  Senhor Mágico, quero cinco bonecas. Uma para cada dedo da mão.
 O  Mágico responde:
 –  Claro, Senhorita ! Aqui, todas as suas vontades serão  satisfeitas. Afinal, este é o Castelo Encantado, onde todos os sonhos se realizam ! 
As cinco bonequinhas de
Rosa Maria
Em seguida, o Mágico dirige-se para uma  mesa  onde estão as bonecas escondidas debaixo de uma toalha. Puxa-a para cima e diz a palavra mágica:  

Abracadabra !  Aparecem  cinco  bonecas. 

A  menina  pula de alegria junto com os  anõezinhos. Ela dá uma boneca para cada um  e   foram brincar.  O Mágico senta-se na cadeira e fica apreciando. 
Depois de elogiarem as bonecas e suas roupinhas, de  mãos dadas, os anões fecham a roda e começam a cantar e dançar ao redor de Rosa Maria, a Cantiga de Roda - Fui no Tororó:


Ó, Rosa Maria!
Ó, Rosa Maria!
Entrarás na roda
E ficarás sozinha!
 Rosa Maria  responde cantando:
Eu sozinha não fico,
Nem hei de ficar,
Vou escolher o Amarelinho 
Para ser meu par !

E assim, a brincadeira da roda  continua, até que todos  tenham seus nomes mencionados.  
Depois,  Rosa Maria olha para uma mesa e vê um livro com figuras coloridas na capa. Pergunta:
— Que é aquilo?
— Um livro — responde o Mágico.
— Mas o que é um livro?  Quero ver esse livro. Diz a menina. 
O Mágico coloca  o livro em cima do tapete. Rosa Maria começa a folhear e os anõezinhos acompanham com interesse. O Mágico senta-se na cadeira e fica olhando-os. 

 Narrador fala:

- No  livro havia  muitas histórias, como: o Gato de Botas; Chapeuzinho Vermelho;  A Bela Adormecida e outros.  Mas quando vê a ilustração de uma floresta Rosa Maria fica fascinada, e quer  conhecer o lugar.  
Rosa Maria  - Que é isso?
- É a floresta encantada, diz o Mágico.
 Rosa Maria diz: 
- Nós queremos entrar nessa floresta encantada !
 -Senhorita, a floresta fica muito longe. Diz o Mágico. 
- A floresta encantada está tão pertinho, diz a menina,  apontando  para o livro. 
A floresta encantada 
- Sou Mágico, mas  não havia notado que a floresta está  mesmo ali bem pertinho dos nossos narizes, no livro. Diz o Mágico.  
A menina  diz:  - Venha com a gente ! 
— Eu não posso. Sou grande demais. 
Ela ficou  triste. Pensou um pouco e falou:
- Uma vez papai falou que a gente não deve entrar num mato sem cachorro. Que é que o Senhor acha?
 - Está bem !  Vou arranjar um cachorro muito bom, muito inteligente e muito corajoso, para  ser o companheiro de vocês. Ah, tive uma ideia: vou usar meus poderes mágicos e transformar  salsicha num cachorro alemão.  Seu nome será Cachorro-Quente.

Epílogo (final). Fecha-se a cortina e o narrador fala: 

O livro de historinhas
de contos de fadas
O mágico manda Rosa Maria junto com as bonecas e o cão  Cachorro-Quente para a floresta. Lá, eles   conhecem personagens fantásticos dos contos de fadas, como:   Branca de Neve e  os Sete Anões, a Bela Adormecida,  João e Maria e outros. A menina   ficou muito feliz por conhecer todos aqueles personagens. Retornou feliz  ao castelo, para  despedir-se do Mágico e dos Anõezinhos. 

Abre-se a cortina. Todos estão no palco.  Rosa Maria fala: 

- Obrigada Senhor Mágico ! Obrigada amiguinhos ! Tive os dias mais felizes da minha vida ! Não quero acordar desse sonho encantado! Mas tenho que partir ! Adeus, amigos! Nos reencontraremos um dia! Sai correndo...

O narrador finaliza dizendo:

- Essa história é uma das histórias infantis consagradas, que todos sabem e nunca se cansam de ouvir. Adeus amiguinhos !

Fecha-se a cortina !  Fim ! 

Livro:  Rosa Maria no Castelo Encantado 
Autor: Erico Veríssimo. 1977.  Edição. Editora Globo.
Adaptação da Professora Claudia Martins.  Salvador, Bahia. Setembro de 2013. 
Fonte:  http://9h3grupodeestudos2011.blogspot.com.br/2011/10/rosa-maria-no-castelo-encantado-de.html

Breve Biografia de Érico Veríssimo 


Érico Veríssimo na sua velha
 máquina de escrever 
Érico Veríssimo nasceu em 17 de dezembro de 1905 em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, estado da Região Sul do Brasil. Tornou-se  um bem-sucedido autor de livros infantis e tradutor de obras famosas.  Depois de Jorge Amado, foi  o escritor mais traduzido no exterior, até pouco tempo atrás.

Foi premiado diversas vezes:  recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 1954, e Juca Pato, da Câmara Brasileira do Livro, em 1968,  entre outros

Considerava-se apenas um contador de histórias, como fazia na Rádio Farroupilha, em Porto alegre, narrando histórias infantis no programa Clube dos Três Porquinhos. 
Seu romance O tempo e o Vento é considerado um dos clássicos da literatura brasileira.

Da sua obra, podemos citar ainda: Olhai os Lírios dos Campos (1938), seu primeiro grande sucesso;  O Senhor Embaixador (1965), em que o autor se desloca dos pampas para o cenário internacional. Incidente em Antares (1971), no qual retoma a interpretação da realidade política brasileira numa linguagem crítica e bem-humorada sobre as restrições ao livre pensamento e ideais democráticos,  na época mais severa da ditadura militar que governava o país. Veríssimo faleceu em  Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, seu estado natal, em 1975.  

Veja também:


O Baile dos Animais: Peça de Teatro para Crianças e Adolescentes




Projeto meio ambiente e sustentabilidade na escola. Apresentação da peça teatral A Missão de Alice e A Carta de 2070 em comemoração ao 5 de Junho dia do meio ambiente


Peça Teatral: O Curupira e Seus Amigos da Floresta Unidos pelo Meio Ambiente. Atividades



Referências. Sites Pesquisados
Érico Veríssimo. Rosa Maria no Castelo Encantado. Disponível em 
Governo do Estado do Rio Grande do Sul. 2005. Ano do Centenário de Érico Veríssimo. Disponível em:     http://www.estado.rs.gov.br/erico/ 
Cantigas de Roda. Música Fui no Tororó. Letra.  Disponível em: 
http://www.velhosamigos.com.br/horamusica/musica30.html
Vídeo com a música:             https://www.youtube.com/watch?v=SfcMivgwzt0

Todas as Imagens são do Google

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